Tudo O Que Ela Sempre Quis - Barbara Freethy
“Natalie respirava com dificuldade quando fechou o livro. O coração tinha disparado como se tivesse acabado de correr uma longa distância. Os nomes tinham sido trocados, mas a história era a delas. Fontana Gardens na verdade era Paloma Gardens, Ellie era Emily e ela era Nancy. Maggie era Madison e Linda era Laura. E aquele primeiro dia na casa ainda ardia em sua memória. Ela também ficara preocupada antes de encontrar Emily. E sabia o que aconteceria em seguida.” P.22
Tudo o que calouros na faculdade
mais desejam é se divertirem ao máximo. Conhecer novas pessoas, viver sob novas
perspectivas e terem a tão sonhada liberdade fazem parte do pacote. Era isso o
que Emily, Natalie, Madison e Laura queriam, até que suas vidas mudaram
completamente depois de um trágico acidente. Dez anos depois do acontecido, um
livro chamado Fallen Angel foi
lançado, contando suas histórias e alegando que o que aconteceu com elas não
foi um acidente, e sim um crime.
O autor do livro era desconhecido,
e incriminava Natalie de ser a assassina da estória. Ela, das quatro, era a
mais próxima a Emily, que caiu da cobertura de seu dormitório e acabou
morrendo. Natalie é médica residente em um hospital em São Francisco, e precisa
tirar essa história a limpo antes que toda a sua carreira e anos de trabalho e
esforço vão parar no lixo. Para descobrir a verdade ela conta com a ajuda de
Cole, irmão mais velho de Emily, com quem namorou antes de o acidente
acontecer e por quem ainda mantinha sentimentos.
Todos são suspeitos, inclusive
Madison e Laura. À medida que a estória vai se desenvolvendo, mais pessoas são
adicionadas a lista de possíveis assassinos e segredos vão sendo desenterrados.
Segredos, inclusive, de Emily. Não cheguei nem perto de descobrir quem havia
sido o assassino e, inclusive, não sei se gosto do fim do mistério que a autora
escreveu.
Não sei se gosto do romance
principal do livro, também. Achei que, depois de Natalie ouvir vários absurdos na época do acidente e se fechar para o mundo por conta disso desde então,
as coisas deveriam ser mais difíceis para que o romance acontecesse. Que a
paixão entre os personagens e sua história juntos foi marcante, tudo bem, mas
achei muito fácil a reconciliação. Mas essa é a minha opinião.
- Não me parece que tenha uma vida pessoal e estou começando a entender por quê. Você não deixa que ninguém se aproxime de você. Construiu um muro em volta dos seus sentimentos. Ninguém vai machucá-la de novo.-E daí? É a minha vida. Gosto dela assim.
- Não é saudável.- E você é um expert em relacionamentos saudáveis? - perguntou incrédula. – Será que tenho de lembrá-lo de uma namorada que atirou um grampeador na sua cabeça?- Não estamos falando de mim, mas de como você lida com o passado.- Ah, cale a boca – disse exasperada. – Se eu construí um muro em volta dos meus sentimentos não foi por causa da minha mãe, mas por sua causa. p. 148
Comecei a ler este livro esperando
ser arrebatada pela trama. Infelizmente, isso não aconteceu. Não sei exatamente
o que não funcionou para mim, gostei da estória, gostei dos personagens e
gostei, principalmente, do cenário - sou louca por São Francisco. Havia
momentos em que a curiosidade era maior que tudo, e eu não conseguia parar de
ler. Depois, havia momentos em que eu lia apenas para terminar logo o livro,
porque, para mim, tanto fazia qual o rumo que a Barbara tinha dado aos
personagens. Não sei, também, se recomendo a leitura, mas não deixem de ler por minha causa.