A Esperança - Suzanne Collins
Esse texto contem spoilers dos outros livros da série
Em A Esperança descobrimos que existe sim chance de acabar com o sofrimento no país. O Distrito 13 ainda vive, e está mais forte do que antes. Organizado de uma maneira impressionante, eles preparam uma verdadeira revolução contra a Capital junto com os moradores de outros distritos, principalmente os sobreviventes do Distrito 12, que foi destruído quase que completamente depois da conspiração que aconteceu na arena.
Nesse livro temos um Gale que está lado a lado com os cabeças da revolução, não deixando o lado emocional atrapalhar nenhuma estratégia ou armadilha que possam vir a formular, uma Prim sábia e madura que passou de menina a adulta em um tempo muito curto e uma Katniss destroçada, preocupada e incapaz de perdoar a si mesma por ter deixado que Peeta se afastasse dela na arena – agora ele estava nas mãos da Capital, e ela sabia que ele estaria sendo torturado para contar segredos que ele não fazia idéia de que existiam.
Nesse livro temos um Gale que está lado a lado com os cabeças da revolução, não deixando o lado emocional atrapalhar nenhuma estratégia ou armadilha que possam vir a formular, uma Prim sábia e madura que passou de menina a adulta em um tempo muito curto e uma Katniss destroçada, preocupada e incapaz de perdoar a si mesma por ter deixado que Peeta se afastasse dela na arena – agora ele estava nas mãos da Capital, e ela sabia que ele estaria sendo torturado para contar segredos que ele não fazia idéia de que existiam.
“Se ele (presidente Snow) quer me ver quebrada, então terei de estar inteira. Mas não acho que vou convencê-lo de coisa alguma gritando algumas frases de efeito desafiadoras diante das câmeras. Rompantes têm vida curta. São histórias que duram.” p. 184
A Esperança não é como Jogos Vorazes ou Em Chamas, onde a maioria da estória é a ação na arena. Eles lutam sim para sobreviver, mas mais em uma guerra psicológica que precede a guerra que planejam estourar do que na própria guerra em si. Eles lutam por sua sobrevivência em um lugar onde os recursos são contados, lutam com memórias dolorosas e com perdas recentes, lutam principalmente para manter-se sãos em meio a um jogo político perigosamente traiçoeiro.
Esse é um livro sobre pessoas fortes, mas ainda assim humanos que erram e acertam, dispostas a sacrificar tudo o que são e o que lhes resta para proteger a quem amam. Ainda assim, tive raiva de acontecimentos no livro, de decisões egoístas que foram tomadas por pessoas que nem poderíamos imaginar que fossem capazes de fazê-las, mas não se pode prever o que dá ou não para fazer para preservar a si mesmo em meio a uma guerra.
Apesar de demorar a acontecer, quando a ação começa tudo o que vemos é sangue derramado, e é impossível não lamentar algumas das várias mortes que acontecem. O leitor torce para que nada mais ocorra com personagens que já sofreram demais, que as pessoas sejam poupadas. Que, no final, voltem sãos e salvos para casa. Mas isso, na maioria das vezes, não acontece.
É duro também ver como estão todos unidos por uma mesma causa mas, ao mesmo tempo, não há confiança entre eles. Não se pode confiar em ninguém. Katniss pode apenas confiar em si mesma, ao mesmo tempo em que todos os rebeldes acreditam nela para levar tudo até o fim.
“Não confie neles. Não recue. Mate Peeta. Faça o que você veio fazer.” p. 302
A estória da série Jogos Vorazes com certeza chegou para marcar. É uma pena que em apenas três livros tudo isso terminou, mas, ao mesmo tempo, é bom saber como foi o final de tudo. Apesar de ter demorado e ansiado por um bom tempo para saber qual o destino de Katniss, Peeta, Gale e toda a Panem, posso dizer que a espera valeu a pena. O final foi quase como eu desejei que fosse, mas por causa de ações que me desapontaram muito - e me deixaram revoltada, apesar de eu tentar entender os motivos - o livro não ganhou 5 estrelas. Ainda assim me pego pensando em tudo o que aconteceu nessa estória, e é por isso que sempre digo que quem não leu ainda precisa fazer isso logo!