Anna e o Beijo Francês - Stephanie Perkins

Em clima de Dia dos Namorados, que tal falar de um livro que se passa na cidade mais romântica do mundo?

Quando eu recebi os kits - sim, os, teremos sorteio logo! - eu fiquei muito tentada a pular os livros da fila e descobrir se a leitura de Anna e o Beijo Francês era tão boa quanto as pessoas falavam, e se a estória era tão linda quanto a capa.

Faltando um ano para se formar no ensino médio, Anna recebe a notícia que a faz mudar todos os seus planos: ela vai terminar a escola na School of America... em Paris. O que deveria ser algo maravilhoso, motivo de festa, mas tudo o que ela queria era aproveitar seu último ano junto de sua melhor amiga, Bridgette, e ver se conseguiria alavancar em um relacionamento com seu colega de trabalho, Toph.

A revolta toda em se mudar foi porque o seu pai, escritor best-seller, queria ostentar e mostrar para as pessoas que ele tinha dinheiro para mandar sua menina para estudar fora do país. E ela não queria deixar sua mãe e seu irmãozinho... muito menos seu carro.

A sorte dela foi que, no primeiro dia, ela já fez amizade. Meredith, ao passar pelo corredor, escutou que ela chorava e a convida para tomar um chocolate quente. Acaba que ela se junta a um grupo bem bacana, composto por Mer, Josh e Rashimi e St. Clair - todos no último ano, exceto Josh. Desse grupo de amigos, Anna acaba ficando bem próxima de St. Clair - que é exatamente o tipo perfeito de (praticamente) todas as garotas -, e sente uma atração que é inevitável. Mas ele não poderia ser cobiçado por ela, porque, além de ter namorada, é também objeto de desejo de Meredith.


E é exatamente com esse grupo que Anna começa a se adaptar ao novo lar, à língua local -que ela não sabe falar, aliás-,  e descobre as maravilhas de viver longe dos pais numa das cidades mais famosas do mundo. O fato de Paris ser uma cidade linda, ter milhares de cinemas, e de cinema ser o assunto preferido de Anna, também a ajudam a se sentir em casa.

Mas ela tem saudades de sua melhor amiga que ficou lá em Atlanta, e fica ansiosa para voltar e descobrir no que vai dar seu assunto não acabado com Toph, e não vê a hora de o feriadão do fim do ano chegar. Tudo isso fica em segundo plano na sua cabeça quando St. Clair descobre que sua mãe está com câncer e seu pai não o permite viajar para casa para ficar com ela - o que faz com que se aproximem mais ainda.

Quando chega a hora de visitar a família, o destino parece dar uma ajudinha e, mesmo sendo doloroso, faz com que tudo fique esclarecido no final. Anna sente apenas amizade por St. Clair? Se não, eles poderiam chegar a ter um relacionamento amoroso? Seu rolo com Toph tem futuro? Sua amizade com Bridgette é forte o suficiente para aguentar a distância e a mudança que as duas sofreram durante o tempo que ficaram separadas? Atlanta ainda é o lar dela?

...Em determinado momento, a garota(do filme) pergunta ao cara: - Fica mais fácil? - Sua primeira resposta é não, e então sim, e depois "fica mais fácil". E então ele diz a ela: - Quanto mais você sabe quem você é e o que quer, menos você deixa que as coisas te chateiem.

E percebo... que está tudo bem. Tudo bem se St. Clair e eu nunca formos mais do que amigos. Sua amizade sozinha me fortaleceu de uma forma que nenhuma outra conseguiu. Ele me tirou do quarto e me mostrou o que é ser independente. Em outras palavras, ele era exatamente aquilo de que eu precisava. Eu não me esquecerei disso. E certamente não quero perder isso.

Anna e o Beijo Francês é um livro muito fofo. É viciante e apaixonante, é engraçado e faz sua cabeça chegar aos cenários onde tudo se passa com uma facilidade impressionante. É uma viagem sem sair do conforto da sua casa. É um livro de estreia que merece ser best-seller.