Perfeitos - Scott Westerfeld

Quem aí curte a série Feios levanta a mão! \o/

Demorei um pouco para comprar Perfeitos, um pouco mais para lê-lo e mais ainda para terminar esta resenha... mas, como dizem, antes tarde do que nunca, não é?

Se você ainda não leu Feios, vai descobrir o final do livro nessa resenha. Então, se não quiser que isso aconteça, pare por aqui.

Estava ansiosa para saber o que Tally iria aprontar sendo uma perfeita. Queria saber como o pessoal agia quando passa pela operação, e o quanto ela afeta a personalidade das pessoas. Quando a gente vê Shay como perfeita ainda no primeiro livro, temos uma ideia de como é a situação em Nova Perfeição, mas particularmente eu não tinha ideia de como o pessoal fica vago depois do procedimento.


A preocupação diária deles é em qual festa ir, que roupa vestir e de qual grupo fazer parte - e ser aceito. Tally, por ser uma pessoa conhecida na cidade por seus feitos quando era feia, queria fazer parte dos Crims; o grupo mais popular da cidade. O grupo do pessoal descolado e que aprontava brincadeiras, e que tinha várias histórias para contar.


A Fumaça era passado, assim como tudo o que aconteceu no período pré-operatório. Nada passava de uma lembrança vaga e boba e tudo de importante e mais marcante havia sido esquecido - como o motivo de Tally ter se entregue e se tornado perfeita. Mas, durante a festa pela qual Tally estava esperando para saber se tinha sido aceita no grupo dos Crims ou não, um feio invade a festa fantasiado de especial em busca dela, e a deixa um pacote numa mansão.

Tudo começa a ficar confuso, há lembranças que querem voltar à sua mente. Percebendo que ela era diferente, Zane, o líder dos Crims, conta para ela a maneira de conseguir se lembrar das coisas que aconteceram antes, e ele a ajuda a buscar o pacote que Croy -  o enfumaçado - deixou para ela. Mas, para conseguí-lo, tiveram que passar por uma charada e por um desafio que quase custou suas vidas.

O pacote era a carta e a cura para o dano causado ao cérebro. Mas Tally não fez questão de esconder dela mesma na carta que há o risco de morte, porque ela seria a cobaia para o tratamento. Apesar de Zane apoiá-la a tomar os comprimidos, ela não tinha certeza do que fazer. Até que decidiu tomar junto com ele.

A cura parecia ter funcionado, agora era só encontrar os novos enfumaçados e avisar à Maddy que a cura funciona. Mas Zane começou a sentir umas dores de cabeça estranhas. E eles não poderiam ir à um hospital, porque descobririam tudo.

Eles precisavam fugir de Nova Perfeição para salvar Zane.

Mas seus problemas não eram só esses: além de terem de agir como se nada tivesse acontecido e de terem mostrado aos Crims como se manterem 'borbulhantes', sóbrios daquele estado de perfeitos, Shay começa a se lembrar o que aconteceu entre ela e Tally. E, além de voltarem a discutir e pararem de se falar, Shay pode se tornar uma ameaça. E os especiais ainda estão de olho nela e em Zane, que também já conheceu aquele grupo.

O livro é cheio de descobertas e aventuras. Como sempre as coisas não são fáceis para Tally, que encara vários desafios que podem levá-la a morte e ainda tem de lidar com seus sentimentos: ela se envolveu com Zane, mas tinha vivido algo forte com David. O que fazer?

Eu realmente achei o livro bem legal, e até que me surpreendi com o final. Eu estou louca para que Especiais seja lançado logo. A única coisa que eu não gostei muito foram as gírias dos perfeitos. O começo é tão cheio de 'borbulhante' e 'falso' que me fez achar um martírio ler os primeiros capítulos. Eu sentia vontade de gritar.

Mas isso não demora muito a acabar, e o livro me prendeu. Para quem gostou de Feios, Perfeitos não vai decepcionar.

Bem, não me decepcionou.