O amor nunca é demais - Nora Roberts

22:07:00 2 Comments A+ a-

"Neste estágio da vida os anos passam depressa. Cada estação atropela a seguinte e todos os momentos devem ser aproveitados ao máximo e vividos com intensidade.
É claro que eu sentia a mesma coisa quando eu tinha trinta anos!
Agora, no último punhado de anos, vi quatro dos meus amados netos encontrarem o amor, casar-se e formar famílias. Laura, em seguida Gwen; Júlia e logo após Mac. Raios de felicidade saltavam dos olhos deles; satisfação vibrava em suas vozes. Cada um construiu um lar, uma vida com o parceiro do seu coração.
Então, por quê? Pergunto eu. Por que demoraram tanto tempo?!
Ah! Se não fosse por mim, eles ainda estariam tropeçando por aí e não haveria um único bisneto para Anna embalar e mimar, não acham? Mas, por acasp eu peço gratidão? Não. Claro que não! Enquanto eu for o patriarca desta família, desempenharei meu papel sem necessidade de agradecimentos. Afinal, é meu dever... e um prazer, ver minhas crianças confortáveis... e adequadamente abrigadas.
(...)
Felizmente, ainda estou por perto para fazer as coisas entrarem nos eixos. Já presenciei três das minhas meninas subirem ao altar, e dei um empurrão no meu primeiro neto homem. Alguns chamam isso de interferência. Bah, eu chamo de sabedoria. Decidi que já era tempo de aplicar um pouco de sabedoria para o bem do meu nome."

- Das Memórias Secretas de Daniel Duncan MacGregor.

Bela introdução, não? E eu digo: se com as meninas esse velho "sábio" foi muito sagaz, nesse eu dei boas gargalhadas com suas interferências.

Porque nesse ele fez questão de estar presente em cada ajudinha com os netos. E claro, sempre escolhendo moças boas, de boas cabeças, sangue forte. Com Fibra.
Essa sim é uma mulher para os MacGregors!
E ele tem alguém em mente. Sempre.

Lembram quando eu falei do Beijos que Conquistam, que era com três das netas MacGregors?
É a vez de os netos MacGregor tomarem um rumo na vida, afinal o tempo corre e Anna quer netos para emaranhar no colo!

Este livro contém três estórias:

- Vítima número um: D.C.

D.C. MacGregor é um artista. É o irmão de Júlia, portanto, filho do ex-presidente do país que está de volta à cidade que é seu lar: Washington.
Ele mora em um apartamento há dois meses, todas suas panelas estão divididas em dois lugares: ou ainda estão nas caixas de mudança, ou estão sujas na pia.
Suas roupas? Bem, as caixas servem bem de cômodas, também.
O quarto principal de seu duplex é seu estúdio de pintura, e seu quarto é o de hóspedes. Com apenas um colchão no chão.
Pra D.C., que passa dias em uma sub-vida quando está inspirado em um novo trabalho em frente a uma tela, ele vive muito bem desse jeito.
Claro que, sendo um MacGregor, ele é escandalosamente lindo. Nora o descreve como um guerreiro gladiador, com uma expressão implacável, valente, forte. Com as maçãs do rosto salientes, boca firme e olhos cor-de-azul brilhante sob um par de sobrancelhas bem delineadas, de cor avermelhada, como mogno envelhecido. O cabelo emoldurava-lhe o rosto, caindo em cacho sobre o colarinho da camisa, e os músculos de seus braços eram bem esculpidos que ondulavam dependendo de seus movimentos. Sua constituição era de um verdadeiro guerreiro: ombros largos, quadris estreitos e pernas longas.
Posso comentar que, quando eu fui ao cinema em Recife, o cara que tava na minha frente era de constituição igual? Obrigada. HAHA
Daniel interfere com a amiga mais querida de Anna, Myra. Ela é sócia da família e é tão presente nela quanto todos.
Myra tem uma sobrinha, Layna, que os dois julgam ser perfeita para D.C. Que eles nasceram um para o outro. Principalmente pelo temperamento dela.
Então o velho arranja uma desculpa pra D.C. sair com ela em um baile beneficente. A coitada não conseguia nem uma companhia pra ir num baile beneficente? Piuff!
O que acontece? TCHAN TCHAN.

- Vítima número dois: Duncan.

Irmão de Mac, segue o ramo de sua família rio acima e abaixo. A dona de seu coração é o Princesa Comanche, seu navio-cassino. Duncan era alto, moreno, pele dourada e olhos de um profundo castanho com cílios grossos e cabelos longos, lisos e negros. A sua face era fina, esculpida por altos e pontudos ossos malares e um nariz longo e reto. A boca era carnuda, sólida e afeita a sorrisos vivazes.
Nada que negasse sua herança genética.
O ngócio é o seguinte: em um navio onde as pessoas embarcam para relaxar é necessário ter umas atrações legais. O cassino é o que mais interessa, mas os shows noturnos são bem apreciados. E para esses shows, a atração principal foi aprovada por Duncan lá em L.A.... e pelo velho MacGregor também.
A coisa é que Cat, quando não estava com sua roupa de gala, parecia uma adolescente. E ninguém diria que com aquele seu gênio, cabelos macios, curvas lindas e uma voz poderosa ela havia passado por poucas e boas em sua vida. E que agora ela queria explorar suas possibilidades.
Mas aquele temperamento dela tirava Duncan do sério, por Deus!

Pra ser sincera, a melhor foi a estória da vítima número três:

- Vítima número três: Ian

Ian era irmão de Laura e fez uma aparição em Beijos que conquistam. Na época ele acabara de ser aprovado em Harvard, na turma de direito. Agora ele já havia se formado, passado na prova da Ordem dos Advogados em sua primeira tentativa e estava trabalhando com a família no mais que reconhecido escritório de advocacia MacGregors & MacGregors.
Ele tinha sua casa própria em Boston, onde morava perto da família. Sua prima Júlia que havia ajudado a encontrar o local perfeito. Era seu lugar preferido, ele precisava de calma e tranquilidade em casa. Não mais dividir quartos com estudantes.
Apesar de ele ter aproveitado muito seu tempo de faculdade. E, mesmo assim, se manter entre os 5 da sala desde o início.
Recentemente ele cuidava da papelada da nova sociedade da grande livraria Brightstone, local onde ele havia passado vários momentos felizes com a mãe por lá em meio dos livros quando pequeno. E depois sempre ganhava um sorvetinho.
O local ficava quase na mesma vizinhança que ele morava e seu avô o deu uma lista de livros pra comprar lá, já que ele iria dar uma passada pra cuidar da burocracia de qualquer forma.
O que ele não esperava era que a pessoa com quem ele iria tratar de negócios tinha um cheiro maravilhoso, era inteligente, usava roupas que marcavam suas curvas e a deixavam séria ao mesmo tempo.
E, por Deus, ela usava óculos para ler. Ian enlouquecia por garotas que usavam óculos.
Mas ele sabia que Naomi era mais que aquilo que ele via. E ela não era aquele poço de confiança que aparentava.
Ela tinha passado por uma infância difícil; porque, vamos combinar: crianças são cruéis! Eu me identifiquei muito com essa estória porque, cara, eu sofri. Voltando pra o assunto: Ela era muito tímida. Combatia sua timidez com batatas chips e doces. Se achava o patinho feio da família.
Porque não podia ser linda e graciosa como a mãe?
Passou a faculdade escondida entre os livros e tinha um carinho especial pelo negócio que estava gerenciando, sua família confiava nela. E graças a ela os negócios melhoraram muito.
Ian não fazia idéia que a imagem que ela tinha agora fora conquistada em três anos de alimentação saudável e exercícios. E que ela não era nem um pouco confiante.
Mas quem diabos se importava? Aquela mulher, sendo do jeito que era, o deixava louco. Conquistava qualquer pessoa com seu jeito doce e bom papo. E o jeito que ficava quando corava...
Mesmo sendo completamente inocente e ignorante sobre isso, ela o deixava louco. Completamente.
E até quando Ian decide que se afastar é o melhor pra ela, o bom e velho MacGregor está lá pra dar-lhe belos cascudos como punição por ele ainda não estar com ela no altar.
E aí, qual será a decisão de Ian?

Essa última estória me marcou. Gente, cadê meu Ian?
E aí, romances de banca parecem ser bem chamativos pra mim agora. Não julgarei mais livros pelas capas. E vocês?
Até a próxima.

Estudante de Engenharia de Alimentos na UFRPE, leitora nas horas vagas, viciada em coisas boas, sonha demais.

2 comentários

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Drik's
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22 de abril de 2010 às 22:23 delete

julgar livro pela capa? JAMAIS.
EU QUERO LEEEEEEER *AAAAAAAAAAAAAAAAH*

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