No livro de Lucinda Riley, temos duas estórias paralelas que se 'encontram' no mesmo lugar: Wharton Park, uma propriedade magnífica de mais de 300 anos de estória pertencida à tradicional família Crowford. No começo da narrativa a estória gira em torno de Julia Forrester, uma pianista mundialmente famosa que cresceu na propriedade como a neta do jardineiro. Ela se encontra extremamente deprimida por ter passado por uma tragédia e não sabe como seguir em frente.
Os dias de glória de Wharton Park se passaram há tempos, e agora a propriedade está cheia de dívidas e precisando de reformas urgentes. É em um leilão dos pertences da casa onde ela reencontra com Christopher - Kit - Crowford, o último herdeiro da família que conheceu quando criança. Ela nunca trocou mais que algumas palavras com Kit, e eles acabaram se aproximando enquanto ela estava tentando superar uma grande perda, mesmo tudo o que ela querendo era ficar sozinha.
À medida em que os dias vão passando, Kit descobre um diário que guarda um segredo que envolve ambas as famílias dos Crowford e dos Forrester - segredo esse revelado por Elsie, avó de Júlia, guardado à sete chaves. À medida que os acontecimentos do passado são revelados, o leitor é transportado para a época da Segunda Guerra Mundial e conhece a estória de mais dois personagens, Olívia e Harry, os tios-avós de Kit.
O que o destino aguarda para Wharton Park e seus moradores, só lendo para descobrir. Penso na estória como uma bela candidata a adaptação às telonas, porque quando o passado começou a ser revelado, cheguei a esquecer, por um tempo, que eu estava lendo sobre a estória de outros personagens. O mundo de Olívia e Harry rouba a cena alternadas vezes do de Júlia e Kit. A ideia da autora foi muito boa, e a estória é muito bem contada.
Entretanto, não gostei de duas coisas: a demora para contar o que realmente aconteceu com Júlia e a quantidade de detalhes na estória da Olívia. O leitor não sabe o que aconteceu de verdade com Júlia para deixá-la no estado em que ela se encontra até que termina de ler várias e várias páginas sobre o cotidiano de Olívia e seus deveres como debutante - mais de 150, se eu não me engano. Pistas sobre a tragédia são dadas, e não é difícil adivinhar o que aconteceu com ela, mas ter adiantado essas informações não teria sido prejudicial à estória. Também acho que muita coisa poderia ter sido cortada do dia-a-dia de Olívia que não fariam a mínima falta, pelo contrário, manteriam o leitor mais interessado.
Eu gostei do livro, o final foi ótimo, mas a leitura não foi dessas que ficam presas na cabeça e fazem ficar ansiando por qualquer tempo livre para ler mais. Creio que muita gente pensará o oposto de mim, portanto fica a critério de cada um dar uma chance ou não.
Primeira resenha que leio desse livro, e ficou muito legal, eu gostei. Pensava que A Casa das orquídeas fosse chato, mas acho que estava enganado. Bom saber os pós e contra da obra, quando eu tiver mais tempo irei ler o livro para ver se gosto ou não.
ResponderExcluirAbraços
http://entrepaginasdelivros.blogspot.com.br/